5.5.13

Let me tell you what I got / And nobody's gonna take away




quero ser tão madura e não deixar as sensações me conduzirem
mas o coração bate acelerado e forte
as bochechas logo ficam vermelhas

sinto tão aqui dentro cada palavra
estranho né?
bizarro.
deve existir algum controle maior ao longo do tempo
acho até que seguro as rédeas e puxo pra alguma direção
a mais próxima possível da desejada

o controle ainda é piada:
de mal gosto

a vontade é ilusão:
ingênua

sente, sente e sente
a pele arrepiar
o calafrio
a febre
o sol, a chuva e o mar
lembra que é para o bem e para o mal

lembra que é a vida transpassando o corpo
quente
vaporosa
transpirando

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tenho três textos dos últimos tempos que deixei de publicar, me senti confusa até mesmo para desabafar, como se não pudesse mais ser eu, soltar as palavras mais viscerais e ter sentimentos ruins...

como é tão fácil se enganar, tentando me convencer de algo, algo que não faz sentido, não preenche e não encaixa em lugar algum, e... para que? simplesmente: pra que?

sair de uma relação que faz mal para entrar em outra com a mesma lógica, as mesmas faltas, os mesmos enganos, mas cheia de boas intenções... sinto muito, mas sei bem que a cota de paciência e altruísmo unilateral que paguei foi suficiente.

de lá pra cá, aprendi a me virar e a ficar sozinha, sim tropecei bastante e ainda estou procurando a medida do equilíbrio, mas estou aqui, a cada derrapada respiro fundo e volto a levantar.

não parei, não desisti, sem a certeza do que estava fazendo continuei por acreditar que a rota só poderia ser ajustada no próprio caminho, que o caminho é vida, assim como cada respiração, cada momento e cada passo.

por acreditar no que bate aqui no peito. e que pode sim ser diferente, eu, você e todo mundo que quiser.

por acreditar tão fortemente que não precisa ser assim e que essa não é a minha escolha.

escolho sim o tempo para estar presente em mim, na vida das pessoas que amo e no mundo, escolho a palavra sincera e atenciosa, a verdade, escolho a inversão de prioridades, a lógica dos sentidos, a vontade da vida, tudo mais é segundo plano.

escolho a falta de certezas, o caminho sem cercas, o horizonte.

escolho as pessoas reais que mesmo com todos os meus defeitos, continuam ao meu lado, me escutam e me respondem, mesmo que seja "não faço ideia também!"

escolho o silêncio e a coragem. escolho acreditar nos instintos.

escolho enfrentar o medo e desamarrar modelos.

escolho eu, escolho você.

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